SEM CHORO NEM VELA (MARIO NETO)

SEM CHORO NEM VELA (MARIO NETO)

Durante todo o campeonato brasileiro nenhum time teve tantas oportunidades, daquelas inimagináveis, mesmo jogando um futebol medíocre, muitas vezes abaixo disso, de se aproximar e até chegar ao grupo que vai direto para a fase final da Libertadores da América do ano que vem, do que o nosso Tricolor. Perdi a conta de quantas rodadas jogamos sabendo do resultado que nos interessava (jogamos depois das outras equipes na rodada), pelo menos 15 delas eu garanto principalmente no segundo turno. Agora a situação se inverteu, parece que foi um castigo divino. Iniciaremos a rodada de hoje, como se diz por aí, num mato sem cachorro à espera de um milagre para chegarmos aos seis primeiros que irão direto para a competição.
A derrota do Bahia para o Galo, ainda mais da maneira que foi, colocou o time baiano ainda mais com a corda no pescoço, não podendo nem empatar logo mais conosco, sob pena de se complicar de fio a pavio na última rodada na quinta feira que vem. Com menos chances o Grêmio está à espera de uma outra bobeada do time da boa terra para um milagre, sonhar não custa nada, embora jogue com o Corinthians no Itaquera. Por outro lado, já campeão, nada obriga o Atlético Mineiro colocar o time titular contra o Bragantino hoje no Mineirão.
O que isso tem a ver com o nosso Tricolor, vocês podem me perguntar? Tudo, pois eu contava que o Bahia podia ter empatado na quarta feira, obrigando o time mineiro a colocar a força máxima contra o Bragantino, nosso adversário direto na disputa da vaga para conquistar o título diante a sua massa. Agora a tarefa do Bragantino de conseguir pelo menos um ponto aumentou consideravelmente. O Atlético Mineiro vai jogar com a maioria dos reservas, senão o total do time e mais, em ritmo de festa.
Em suma: a chance de conseguirmos a vaga direta ainda existe, é verdade, mas só vejo isso como um milagre. Podemos contar com o desespero deles durante a partida e caso não saia logo um gol a torcida vai pressionar. Isto seria o ideal para a gente, mas é só uma conjuntura que veremos mais tarde. Menos mal que pelo menos a classificação para a fase indireta para a Libertadores da América está nas nossas mãos, dependemos apenas de uma vitória na próxima semana em casa contra a Chapecoense (que não deve vir ao Rio com seu time principal), na rodada final. Não poderia ser mais fácil alcançarmos este objetivo de pelo menos entrarmos na fase primária da Libertadores, uma vaga que de certa maneira, levando-se em conta toda a nossa participação na competição, cairá do céu.
Tirando as exceções conhecidas, Palmeiras, Atlético e Flamengo, ninguém jogou muito mais do que nós, muito pelo contrário, o que foi determinante para a nossa situação de agora. Para variar Marcão ainda não definiu o time, a priori deve ser o mesmo que jogou contra o Galo, sem o David Braz que está suspenso. Ninguém tem dúvida de que quem ditará o jogo é o Bahia. Nossa grande chance logo mais é apostar e contar com o desespero deles e dos torcedores baianos. Jogarmos por uma ou duas bolas durante grande parte da partida, e só para constar não errar tantos passes bobos é o que fará a diferença.

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